terça-feira, 8 de abril de 2014

UMA RAPIDINHA DE LEVE

Já são 8 meses fora da minha cidade, Maceió, em Alagoas. Neles, eu me coloquei a prova em várias questões, foram dias de muita provação, desafios, confusão mental, a fé que ás vezes parecia querer sumir, mas nada como um dia após o outro, e acordar como se aquele desânimo de ontem não tivesse passado de um sonho ruim.

Estar em São Paulo numa cidade que te quer, estimula, apresenta, testa você o tempo todo, tem sido empolgante. Fui muito testada, minha visão apesar das dificuldades, só se ampliou, principalmente no que me proponho a realizar. Cresço demais como artista, produtora e pessoa. Naquele lugar, longe de casa, da segurança, dos afetos queridos (mesmo tento amigos queridos por lá também) me ensinou a seguir firme no meu proposito verdadeiro: apresentar teatro de primeira linha, nordestino, alagoano nas terras dos “manos” das “minas”. A primeira no Teatro Juca Chaves (setembro à novembro 2013) e a segunda no histórico Espaço Parlapatões (janeiro à março 2014), ambas tiveram três meses de vida, e posso dizer uma vida que a cada passo gera mais beleza, e seu aroma não poderia ser diferente do perfume das flores.



Nosso público cresce a cada dia naquela cidade antes dita impossível. Muitos aplausos, sorrisos, emoção em se dar conta de que um teatro bem feito é coisa linda de ver, seja lá de onde vem. Não me senti preconceituada em nenhum momento, fui sendo abraçada, conduzida pela maré, que ás vezes se fez baixa, mas que com trabalho e fé ela não “vazou” nunca mais.

Estou voltando de leve para os braços de quem me fez, me conduziu para o mundo, e me tornou a atriz que sou hoje, o público alagoano. Eu, Ivana Iza, atriz de 36 anos, 18 de careira, lhes digo de coração e lagrimas nos olhos que voltar para minha cidade com um espetáculo que me promove tantas alegrias, para breves e intensas apresentações que estão por vir, gera emoção e frio na barriga maior de todos.




Para você que sempre me aplaudiu e torceu por mim, estou voltando para fazer de nosso encontro novamente um momento de delicia pura. Feliz em voltar pra casa, mesmo que seja para uma rapidinha (risos) porque como disse, a maré não vazou por lá, e eu retorno em breve pra nadar na crista da onde. Botem fé nisso.


Um comentário:

  1. Avimaria, apois venha, e chegue logo. Quero matar a saudade desse lindo espetáculo que tive o prazer de assistir, por duas vezes, aqui no Deodoro. Adoooro Devassas !

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