sexta-feira, 24 de maio de 2013

DEVASSAS por Rita Coruripe

ODE A UMA HEROÍNA

Texto: Rita Coruripe


Em um mundo onde a classe feminina trava uma árdua batalha por direitos iguais, parece pouco provável que ainda existam “tabus” quando o tema SEXO vem à tona. Por mais avançadas e bem resolvidas que sejam, dada a conquista do espaço merecido no mercado de trabalho, da independência financeira e o rompimento das limitações impostas pelas paredes da sua própria cozinha, falar da própria sexualidade ainda é um “bicho de 7 cabeças” para uma quantidade maior de mulheres do que se pode imaginar.

A dificuldade em assumir e expressar seus desejos, taras, vontades, manias... (ou seja lá que nome vocês queiram dar ao que sentem) devido a uma REPRESSÃO SEXUAL que insiste em assombrar muitos relacionamentos, despertou em Ivana Iza uma aspiração absoluta e indomável de libertar os grilhões que aprisionam suas companheiras do sexo feminino a uma vida de prazeres regrados e chatos.

Munida de muita ambição de fazer A DIFERENÇA, Ivana deve ter entrado de cabeça em um estudo profundo e meticuloso do universo dos prazeres sexuais. Era imprescindível entender o que realmente as mulheres esperam de seus companheiros para sentirem-se, enfim, realizadas na cama. Acredito que ela iniciou um passeio literário sobre as amarras que assombram e reprimem as mulheres; deve ter virado uma questão de honra encontrar uma maneira de fazer com que o sexo fosse visto como algo natural, prazeroso e essencial ao complemento da felicidade dos pares.

DEVASSAS surgiu como um divisor de águas, a Lei Áurea de muitas que se tornaram escravas de seus próprios preconceitos.

Dizem por ai que sexo não sustenta relações. Concordo! Mas me digam sinceramente: uma relação sem sexo satisfaz a alguém? O amor não sobrevive sozinho, não se sustenta. Ele precisa de respeito, cumplicidade, paixão e um sexo bem feito, livre de preconceitos.

Foi preciso que alguém levantasse esta bandeira em favor das mulheres! E você, Ivana Iza, tomou a causa pra si. Tua mensagem pode não ter resolvido os problemas da população em massa, mas certamente contribuiu (e muito) para derrubar barreiras e fazer relações ficarem mais completas e deliciosas. OBRIGADA!"


Rita Coruripe.

Maceió, 22 de maio de 2013.