terça-feira, 26 de abril de 2011

Os 10 livros mais quentes para ler na cama

Nenhum lugar como a nossa cama. É boa para dormir, namorar, transar, ver um filme agarradinho e, por que não?, ler. E não estamos falando de jornais ou livros do trabalho, mas de romances eróticos que fazem a imaginação ir às alturas. Fizemos uma seleção de dez livros que você vai ler na cama sem correr o risco de dormir a terceira página.

1. "A vida sexual de Catherine M." , de Catherine Millet, Ediouro.

É um best-seller mundial em que a renomada crítica de arte Catherine Millet revela em detalhes a sua vida sexual, bem livre aliás, com direito a orgias com mais de 150 pessoas, transas com 40 homens ao mesmo tempo e flertes com outras mulheres e travestis. Muitas críticas reclamam que a linguagem do livro é fria e distanciada.

Leia um trecho: "Nunca faço rápido demais no início, prefiro cobrir todo o comprimento do membro, mantenho o ritmo moderado. Tenho um sentimento inefável de controle: é incrível como uma minúscula vibração da língua pode despertar uma resposta desmedida".

2. "A casa dos budas ditosos", de João Ubaldo Ribeiro, Objetiva Editora.

O livro foi adaptado pelo dramaturgo Domingos de Oliveira para o teatro em um monólogo encenado por Fernanda Torres. Conta as histórias da uma baiana de 68 anos que decide revelar detalhes da sua vida sexual, entre reflexões sobre o sexo e seus tabus.

Leia um trecho: "(...) e eu doida que ele gozasse na minha boca e ele acreditando naquela frescura preliminar do ‘essa coisa que espirra' e tirando o pau fora de minha boca para gozar na minha mão, até que não agüentei e grunhi ‘goze na minha boca!' e reenfiei o pau dele tanto quanto pude na boca e só parei quando senti ele gozando quase em minha garganta".

3. "Kama Sutra", de Vatsyayana, Ediouro

O mais clássico dos livros que falam sobre sexo, o Kama Sutra fala também de amor. E tem linguagem que beira o científico. Está disponível para download na Internet.

Leia um trecho: "Quando o amor se intensifica, entram em jogo as pressões ou arranhões no corpo com as unhas. As pressões com as unhas, entretanto, não são comuns senão entre aqueles que estejam intensamente apaixonados, ou seja, cheios de paixão. São empregadas, juntamente com a mordida, por aqueles para quem tal prática é agradável".

4. "Minha vida de stripper", de Diablo Clody, Nova Fronteira.

A roteirista do filme Juno conta sem melindres sua experiência profissional como stripper. É um livro com linguagem contemporânea, tiradas sarcásticas e sem julgamento de valores. E o melhor: não é brega!

Leia um trecho: "Meu companheiro e eu compramos uma lap dance cada um, aquele lance em que as garotas dançam e se esfregam diretamente no cliente, e trocamos cômicos olhares de animação e pânico enquanto as strippers giravam passivamente sobre nossas respectivas virilhas. Minha stripper, uma garota andrógina de cabelos raspados e com um vestido de látex, era uma fonte indiferente e ineficiente de calor. Quando ela se inclinou para a frente e abriu a bunda para me mostrar o olho do cu, eu disse: ‘Gostei das suas botas'".

5. "O Doce Veneno do Escorpião", "O que aprendi com Bruna Surfistinha" e "Na cama com Bruna Surfistinha", de Raquel Pacheco, Panda Books.

Os três livros lançados pela ex-garota de programa Bruna Surfistinha fizeram o maior sucesso e foram traduzidos para outras línguas. O primeiro deles vai ganhar as telas de cinema, com Deborah Secco como protagonista. Abaixo um trecho do terceiro livro, que dá dicas de como fazer com que seu homem nunca procure uma garota de programa.

Leia um trecho: "Se quer encarnar totalmente uma garota de programa, vou dar uma boa idéia: vista-se bem, gostosinha, com uma saia curta, uma blusa meio transparente e vá para a rua. Ligue para ele e diga que está esperando em tal lugar. Quando ele chegar, debruce-se no vidro do carro e mostre o decote na hora de ‘combinar o preço'. Deixe que veja apenas o biquinho do seio, nada mais. Mostre, mas não facilite, como faria uma garota de programa de verdade. Ele vai ficar com o maior tesão. Se você não quiser ir para a rua, pode criar outras situações: ele te liga como se não te conhecesse, marca um programa e combina o motel onde se encontrarão."

6. "O Diário de Marise" e "100 segredos de uma garota de programa", de Vanessa de Oliveira, Matrix Editora.

Na mesma onda de Bruna Surfistinha, a ex garota de programa Vanessa de Oliveira relata suas experiências com mais de cinco mil clientes, dá detalhes sobre sua ex-profissão e faz revelações sobre o comportamento masculino.

Leia um trecho:

"A melhor mulher do mundo: a da vida!
O homem mais necessário do mundo: o cliente.
O homem mais especial: aquele que ela ama.
O homem inesquecível: aquele que pagou por ela mais do que ela mesma achou que valesse.
O ídolo: Onassis (nunca ninguém gostou tanto de pagar mais caro pelas mulheres).
A santa predileta: Maria Madalena.
O conto infantil mais excitante: Peter Pan, aquele menino safado, cheio de energia e lindo.
Filosofia de vida: tirar o máximo de dinheiro do cliente em pouco tempo e com o mínimo de esforço.
A primeira grande invenção do século: preservativo.
A segunda grande invenção do século: gel lubrificante.
A pior invenção do século: Viagra.
O pior dia: domingo (não tem cliente).
O melhor dia: segunda (todos eles vêm).
O melhor encontro: várias mulheres com um homem só (dá menos trabalho).
Os melhores momentos do sexo com o cliente: o fim e o pagamento no início.
Os piores momentos do sexo com o cliente: o início, durante e o pagamento só no final.
Do que gosta toda mulher (sendo ela "da vida" ou não): dinheiro.
Do que gosta todo travesti: homens (dinheiro é obsoleto).
Do que gosta todo homem: mulheres e dinheiro (para conseguir mais mulheres).
O pior cliente: bêbado (nunca vai embora).
O melhor cliente: o apressado (vai embora rapidinho).


7. "Lolita", de Vladimir Nabokov, Companhia das Letras.

A obra criou a imagem da ninfeta, a menina novinha que desperta o interesse dos marmanjos. O livro, cuja primeira edição é de 1955, virou filme com o mesmo nome.

Leia um trecho: "Lolita, luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta. Pela manhã ela era Lô, não mais que Lô, com seu metro e quarenta e sete de altura e calçando uma única meia soquete. Era Lola ao vestir os jeans desbotados. Era Dolly na escola. Era Dolores sobre a linha pontilhada. Mas em meus braços sempre foi Lolita".

8. "O amante", de Marguerite Duras, Nova Fronteira.

Romance autobiográfico que conta a história de uma adolescente que se envolve com um homem dez anos mais velho e descobre o amor e o sexo. Tem linguagem poética e boas frases.

Leia um trecho: "Digo-lhe que venha, que me possua outra vez. Ele obedece. É bom o cheiro do cigarro inglês, o perfume caro, ele cheira a mel, sua pele absorveu o cheiro da seda, aquele cheiro de fruta do tussor de seda, de ouro, ele desperta desejo. Digo que o desejo. Diz que devo esperar. Ele fala, diz que desde o primeiro momento, desde a travessia do rio sabia que eu seria assim depois do meu primeiro amante, que eu amaria o amor, sabia desde o primeiro momento que eu o enganaria, que ia enganar todos os homens com quem fizesse amor. Disse que, quanto a ele, fora instrumento da própria infelicidade. Digo que o que está dizendo me faz feliz."

9. "Trópico de Câncer", Henry Miller

O romance autobiográfico fala sobre experiências sexuais e existenciais de um norte-americano em Paris, entre bares intelectuais e prostíbulos.

Leia um trecho: "Caminhando ao léu diante do Dôme um pouco mais tarde, vejo de repente um rosto pálido e pesado, com olhos ardentes - e o vestidinho de veludo que sempre adorei porque embaixo do veludo macio sempre houve uns seios quentes e pernas de mármore, frias, firmes, musculares. Ela se ergue do mar de rostos e abraça-me, abraça-me apaixonadamente - milhares de olhos, narizes, garrafas, janelas, bolsas, pires, tudo nos fitando e nós, um nos braços do outro, esquecidos. Sento-me ao seu lado e ela fala - uma torrente de palavras. Notas selvagens e consumptivas de histeria, perversão, lepra. Não ouço uma só palavra porque ela é bela, eu a amo e agora estou feliz e desejando morrer".

10. "Um copo de cólera", Raduan Nassar, Companhia das Letras.

O livro que deu origem ao filme homônimo protagonizado por Julia Lemmertz e Alexandre Borges é fininho e dá para ler em uma sentada só. De início, pode assustar por não ter abertura de parágrafo, mas é questão de o leitor se adaptar. Figura em listas de livros essenciais da literatura brasileira.

Leia um trecho: "(...) e foi pra melar inda mais o desejo dela que levei a mão bem perto do seu rosto, e comecei com meu dedo do meio a roçar seu lábio de baixo, e foi primeiro uma tremura, e foi depois uma queimadura intensa, sua boca foi se abrindo aos pouco pr'um desempenho perfeito, e começamos a nos dizer coisas através dos olhos (essa linguagem que eu também ensinei a ela), e atento na sua boca, que eu fazia fingir como se fosse, eu estava dizendo claramente com os olhos ‘você nunca tinha imaginado antes que tivesse no teu corpo um lugar tão certo pr'esse meu dedo enquanto eu te varava e você gemia'(...)".

Fonte: Bolsa de Mulher

Um comentário:

  1. parabéns !!! adorei a peça!!!! pena que na sexta-feira (22-04-2011) o vídeo final falhou!!!!
    deu pra ver o brilho nos olhos de algumas mulheres ao meu redor!!! e uma lágrima no rosto de uma que estava a minha direita no quadro da viúva descobrindo o valor próprio ... "tomando o passado como um degrau para o futuro"
    vou anexar um ingresso desta peça no presente do dia das mães!
    bjos até o sábado q antecede o dia das mães

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